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segunda-feira, 28 de julho de 2014

O Tratamento com Ibogaína no Brasil.

Bom dia a todos.

Criei esse blog a algum tempo, na época um membro familiar havia realizado o tratamento com ibogaína, animado com os resultados tive a idéia de ajudar outras pessoas que buscam formas de tratar a dependência química de uma forma imparcial. Sem tender em qual clinica seria melhor ou onde deveria realizar o tratamento. Apenas informações sobre a Própria Ibogaína.

Hoje, passados 2 anos, vejo que o número de instituições trabalhando com a iboga no Brasil cresceu bastante, alguns dizem que tais clinicas não tem o  aparato, outros que esse crescimento é bom, pois com o alto nível de dependentes no Brasil, não faltaria espaço a ninguém. Meu papel não é julgar ou definir qual instituição é melhor, na verdade eu acredito que cada qual decide por si só qual lugar te passa maior segurança e decide assim, onde realizará o tratamento.
Porém tive a seguinte idéia, por que não reunir informações de contato dessas tais clinicas no blog, para facilitar a procura? Principalmente por questões de Local e Acessibilidade.

Então, peço que as clinicas que trabalham com ibogaína entrem em contato atravéz do e-mail ibogainfos@gmail.com e me autorizem a colocar suas informações de contato no blog. E para os familiares/dependentes que procuram informações sobre o tratamento, mande suas dúvidas no próprio e-mail e irei auxiliar na melhor forma possível com respeito a ibogaína.

Obrigado a Todos,
tenham uma ótima semana.

Relação da planta africana e Onirofrênico X Alucinógeno

Ibogaína não é Alucinógeno

Onirofrênico X Alucinógeno

A Ibogaína não é alucinógena, é onirofrênica, (Naranjo, 1974; Goutarel, Gollnhofer, and Sillans 1993), ou talvez seja melhor dizer, remogênica. Isso significa que ela estimula a mente de maneira a fazer com que o cérebro sonhe, (o chamado sono REM), mesmo com a pessoa consciente. Ocorre um estado de “sonhar acordado”, sem perda de consciência, sem mudança na percepção do meio ambiente e sem ilusões, e também sem perda da forma do pensamento nem despersonalização.

Do ponto de vista da neurofarmacologia, a substância não se liga ao receptor 5HT 2a, receptor este que é o alvo "padrão" dos alucinógenos.

Isso pode ser comprovado, alem de clinicamente, pela realização de um eletroencefalograma (EEG) após ser ministrada a substância, exame esse que vai mostrar o traçado típico do sono REM, e não padrões de alucinações.

Como podemos ver nas imagens abaixo, existe uma diferença muito grande entre os traçados eletroencefalográficos obtidos durante o sono REM e durante episódios alucinatórios, (Gutarel ET al, 1993; Lotsof and Alexander, 2001; Alper, 2001).




Fonte desta imagem : Unifesp


O traçado da Ibogaína é muito semelhante ao do sono com sonhos (REM)
Já o traçado de alucinações é bem diferente:


Alem disso, clássicamente, os alucinógenos manisfestam seus efeitos com os olhos abertos, enquanto a ibogaína apenas com os olhos fechados, o que corrobora a afirmação de que a ibogaína não é alucinógena, diferentemente do LSD, por exemplo.

Esse sonho "induzido", segundo o Dr. Carl Anderson, do MacLean Hospital, filiado à Universidade de Harvard, seria responsável pelo efeito anti-dependência da ibogaína, devolvendo a essas pessoas com danos psíquicos o poder curativo de seu sono e de seus sonhos. Ainda segundo este autor, existe uma similaridade muito grande entre o "sonhar acordado" da ibogaína com o sonho fetal.

Como o sonho é o responsável pela organização das idéias, dos pensamentos, fixação de memórias e outros mecanismos de organização mental, é fácil entender que o "sonhar intensivo" da ibogaína tenha um efeito restaurador cerebral.

São muito importantes essas informações, visto que um dos principais motivos pelos quais pessoas desinformadas tem restrições à ibogaína, é esta falsa crença que a substância seria alucinógena...mesmo que fosse, isso não seria motivo para não ser usada em situações clínicas; apenas a guisa de exemplo, o Dramin em altas doses e a ciclobenzaprina (Miosan) em doses terapêuticas, são alucinógenos, fato inclusive referido na bula deste último medicamento.