Veja o infográfico divulgado pelo
site Saude.ig, que demonstra os efeitos do crack no corpo do usuário, a curto e longo prazo e na abstinência. Caso não consiga visualizar a imagem, abaixo está um texto com todo o conteúdo do infográfico.
No momento do uso:
A fumaça do crack entra no sangue
através dos pulmões, se espalha por todo o corpo e chega ao cérebro em 10
segundos. No cérebro, as substâncias químicas são absorvidas na região
responsável pelo prazer e ali se ligam aos neurotransmissores dopamina e
adrenalina.
A adrenalina e a dopamina voltam
a circular pelo corpo associadas aos químicos do crack, dando sensação de prazer
e confiança ao usuário. A sensação dura apenas 5 minutos e, em um curto espaço
de tempo, o usuário sente vontade de consumir de novo.
Depois de 3 semanas:
Com o uso repetido, a alta
temperatura de combustão no cachimbo queima as vias aéreas (nariz, laringe e
esôfago). Nos pulmões, a droga destrói os alvéolos, facilitando infecções como
tuberculose e pneumonia e podendo provocar hemorragia local.
No sangue, o abuso de crack eleva
a pressão arterial e acelera os batimentos cardíacos, o que pode resultar em
infarto e outras doenças cardíacas. No aparelho digestivo, o crack atrapalha a
digestão e afeta os rins e fígado, provocando náuseas e ausência de apetite.
No cérebro, a droga destrói as
áreas responsáveis por pensamento, planejamento e controle de impulsos, além de
inflamar os vasos sanguíneos, um dos primeiros passos para o acidente vascular
cerebral e as convulsões.
Na abstinência:
A “área do prazer” no cérebro
deixa de ser estimulada e com isso promove uma descarga de adrenalina em todo o
corpo, para tentar compensar a falta de estímulo. O excesso de adrenalina,
distribuído de forma desordenada pelo corpo, resulta em comportamento violento,
irritação e insônia.
Para compensar a falta da droga,
o cérebro começa a usar as reservas de serotonina (hormônio responsável pela
sensação de bem-estar) do corpo. Com as reservas de serotonina baixas, o
usuário fica deprimido e sem vontade.
Após 7 dias sem a droga:
O corpo começa a se desintoxicar.
Aos poucos, o cérebro volta a organizar a produção e a distribuição de
adrenalina, serotonina e todos os outros neurotransmissores.
A insônia, a irritação e a
depressão começam a melhorar. O apetite vai voltando ao normal.
Hidratação e descanso constante
aceleram o processo de recuperação, que dura pelo menos um ano.
Os números do crack no Brasil:
1,1 milhão de pessoas já
utilizaram o crack. 90,7% dos municípios afirmam enfrentar problemas com o
crack. 39% das internações por dependência química são motivadas pelo crack.
45% das cidades admitem carência na rede de tratamento. Há 1 centro de
tratamento para drogas para 7 milhões de brasileiros.
Um estudo feito pela Unifesp (universidade federal de São Paulo):
170 dependentes que moram na cracolandia
paulistana foram entrevistados, sendo que destes, 89 usam a droga há mais de 10
anos.
110 pessoas começaram a usar
crack antes dos 18; 103 já fizeram algum tratamento; 92 já foram presos e 37
consomem mais de 20 pedras por dia.
Fontes: Confederação Nacional dos
municípios, Unifesp, Secretaria Nacional Antidrogas, e Reportagem do IG.
Fonte: Saude.ig
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