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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Sobre o tratamento com ibogaina e reações.


Os efeitos de curto prazo da ibogaína dadas em doses terapêuticas para desintoxicação química e psicoterapia podem durar entre 24-48 horas. Cada experiência é única, no entanto elementos comuns são relatados. Entende-se que tendo o tempo para se preparar para a experiência por ter intenções positivas ou metas para o resultado, sendo dedicado a explorar o que você precisa para curar em sua vida, sentir-se seguro ao seu redor e sentir o apoio do povo que cuidam de você, irá gerar um efeito positivo no resultado
Efeitos PsicoativosSeus efeitos psicoativos têm sido descritos como "oneirogenico" o que significa que o que produz uma vigília ou lúcido estado de sonho da consciência. Na verdade, EEG (eletroencefalograma) e estudos de ritmos de ondas cerebrais em animais sugerem que a ibogaína causa REM (movimento rápido dos olhos por sonho lucido) . Este processo oneirogenico é caracterizado por fenômenos visuais que algumas pessoas sentem como sonhos vívidos, reflexões ou memórias. Ele foi descrito por algumas pessoas que a ibogaína pode ajudar emocionalmente e psicologicamente, permitindo um processo em que eles são capazes de pensar sobre a vida de uma perspectiva que parece ser mais objetivo. Alguns descreveram que este processo facilitado pela ibogaína lhes permite refletir sobre suas vidas sem medo, culpa, vergonha e outros sentimentos associados com o trauma que as pessoas em crise são frequentemente afetados. Note-se que nem todas as pessoas que tomam ibogaína relatam ter sonhos ou visões oníricas, porém ainda encontraram efeitos psicoativos, emocionais, níveis espirituais e físicos. Ibogaína não causa nenhuma perda de consciência ou despersonalização. Além disso, pode-se notar que, embora alguns tenham descrito anteriormente ibogaína como um "alucinógeno", o efeito da ibogaína na neurotransmissão é diferente dos efeitos das drogas psicadélicas clássicas ou alucinogénios tais como LSD
Efeitos Físicos: Os seus efeitos físicos são diferentes para cada pessoa. Alguns relatos incluem sensação de cabeça leve, sensibilidade ao movimento, som e luz e uma sensação de oscilação ou vibração. 
Possiveis Efeitos: Alguns desconfortos ou possíveis efeitos colaterais geralmente associados com doses terapêuticas de ibogaína incluem: ataxia (perda temporária de coordenação muscular), tremores leves (agitação), fotossensibilidade (sensibilidade à luz), náuseas, vômitos, pequenas mudanças na pressão arterial, dores nas costas, às vezes leve (possivelmente devido a deitar por um período prolongado de tempos) e possível insônia (particularmente em indivíduos dependentes de opiáceos). O potencial para efeitos colaterais e os riscos podem ser substancialmente minimizados, evitando quaisquer substâncias contra-indicados, antes e durante o tratamento, o exame médico adequado para todas as condições pré-existentes contra-indicadas, monitorização cuidadosa dos sinais vitais, hidratação adequada, com água e eletrólitos, antes e durante da terapia com ibogaína, a aplicação é realizada em uma sala semi-escura em uma posição confortável. Qualquer efeito colateral será deixado de sentir após 24 ou 48 horas da aplicação de ibogaina, e o anseio pelo uso de substancias quimicas nao será mais sentido, que deve ser grandemente reduzida ou eliminada através da acção da ibogaína. 
Efeitos a longo prazo: efeitos a longo prazo podem incluir a redução da ansiedade, melhora do humor  e aumento da energia. Algumas pessoas relatam ter dificuldade com parar dormir por um curto periodo de tempo (particularmente aqueles que se afastaram de opiáceos). A maioria das pessoas relatam sentir estes efeitos de 2 semanas a 3 meses ou mais.



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os efeitos do tratamento com IBOGAÍNA!

Os efeitos de curto prazo da ibogaína dadas em doses terapêuticas para desintoxicação química e psicoterapia podem durar entre 24-48 horas. Cada experiência é única, no entanto elementos comuns são relatados. Entende-se que tendo o tempo para se preparar para a experiência por ter intenções positivas ou metas para o resultado, sendo dedicado a explorar o que você precisa para curar em sua vida, sentir-se seguro ao seu redor e sentir o apoio do povo que cuidam de você, irá gerar um efeito positivo no resultado

Efeitos PsicoativosSeus efeitos psicoativos têm sido descritos como "oneirogenico" o que significa que o que produz uma vigília ou lúcido estado de sonho da consciência. Na verdade, EEG (eletroencefalograma) e estudos de ritmos de ondas cerebrais em animais sugerem que a ibogaína causa REM (movimento rápido dos olhos por sonho lucido) . Este processo oneirogenico é caracterizado por fenômenos visuais que algumas pessoas sentem como sonhos vívidos, reflexões ou memórias. Ele foi descrito por algumas pessoas que a ibogaína pode ajudar emocionalmente e psicologicamente, permitindo um processo em que eles são capazes de pensar sobre a vida de uma perspectiva que parece ser mais objetivo. Alguns descreveram que este processo facilitado pela ibogaína lhes permite refletir sobre suas vidas sem medo, culpa, vergonha e outros sentimentos associados com o trauma que as pessoas em crise são frequentemente afetados. Note-se que nem todas as pessoas que tomam ibogaína relatam ter sonhos ou visões oníricas, porém ainda encontraram efeitos psicoativos, emocionais, níveis espirituais e físicos. Ibogaína não causa nenhuma perda de consciência ou despersonalização. Além disso, pode-se notar que, embora alguns tenham descrito anteriormente ibogaína como um "alucinógeno", o efeito da ibogaína na neurotransmissão é diferente dos efeitos das drogas psicadélicas clássicas ou alucinogénios tais como LSD

Efeitos Físicos: Os seus efeitos físicos são diferentes para cada pessoa. Alguns relatos incluem sensação de cabeça leve, sensibilidade ao movimento, som e luz e uma sensação de oscilação ou vibração. 

Possiveis Efeitos: Alguns desconfortos ou possíveis efeitos colaterais geralmente associados com doses terapêuticas de ibogaína incluem: ataxia (perda temporária de coordenação muscular), tremores leves (agitação), fotossensibilidade (sensibilidade à luz), náuseas, vômitos, pequenas mudanças na pressão arterial, dores nas costas, às vezes leve (possivelmente devido a deitar por um período prolongado de tempos) e possível insônia (particularmente em indivíduos dependentes de opiáceos). O potencial para efeitos colaterais e os riscos podem ser substancialmente minimizados, evitando quaisquer substâncias contra-indicados, antes e durante o tratamento, o exame médico adequado para todas as condições pré-existentes contra-indicadas, monitorização cuidadosa dos sinais vitais, hidratação adequada, com água e eletrólitos, antes e durante da terapia com ibogaína, a aplicação é realizada em uma sala semi-escura em uma posição confortável. Qualquer efeito colateral será deixado de sentir após 24 ou 48 horas da aplicação de ibogaina, e o anseio pelo uso de substancias quimicas nao será mais sentido, que deve ser grandemente reduzida ou eliminada através da acção da ibogaína. 

Efeitos a longo prazo: efeitos a longo prazo podem incluir a redução da ansiedade, melhora do humor  e aumento da energia. Algumas pessoas relatam ter dificuldade com parar dormir por um curto periodo de tempo (particularmente aqueles que se afastaram de opiáceos). A maioria das pessoas relatam sentir estes efeitos de 2 semanas a 3 meses ou mais.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Tratamento com ibogaina cura para dependencia!


IBOGAÍNA UM ALUCINÓGENO PARA COMBATER O USO DE COCAÍNA, HEROÍNA, MORFINA E OUTRAS DROGAS.

Tratamento ibogaina
! Ibogaína é o princípio ativo da raiz da iboga. Trata-se de um alcaloide indólico enteogênico capaz de antagonizar e anular a ação de uma série de alcalóides ou compostos orgânicos nitrogenados de intensa bioatividade sobre o cérebro, como a cocaína, heroína e morfina, dentre outros.

Tabernanthe iboga - a planta
Obtida de um arbusto da família Apocynaceae, de origem africana Tabernanthe iboga, nas regiões do Congo e do Gabão entre os pigmeus e alguns povos bantos, que possivelmente assimilaram essa prática pelo contato com esses misteriosos povos da floresta que são os pigmeus, se praticam rituais com preparados dessa planta denominado, entre as tribos Apindji e Mitsogho, como Buiti. Outros grupos e etnias do Gabão também o utilizam possivelmente a partir desse contato cultural.
De acordo com a antropóloga Labate, há dois tipos de Buiti: o tradicional que surgiu no século 19 - e o sincrético, o mais difundido, que é produto da fusão do primeiro com elementos de outros cultos africanos e da influência da evangelização cristã no continente no início do século 20. Possivelmente sob influência das notícias de cura, transformações psicológicas associada à conversão religiosa e participações de estrangeiros, o mundo ocidental tem despertado interesse sobre essa planta e esse ritual.
Preparados com essa planta vem sendo utilizado, com sucesso, em sessões terapêuticas cujo objetivo é alcançar a cura completa da drogadição.. Observe-se que não são os mesmos extratos utilizados nas distintas tribos, pois segundo a referida antropóloga são preparados mantidos em sigilo.
Quimicamente, a ibogaína é classificada como uma triptamina, análoga à melatonina, estruturalmente semelhante à harmalina.
Muito se tem falado a respeito da Ibogaína aqui no Brasil nos últimos tempos... bem e mal, com discussões apaixonadas, e, às vezes, desprovidas de cunho científico e repletas de preconceito.
Para quem não sabe, Ibogaína é uma substância extraída da planta Tabernanthe iboga, originária do Gabão, e planta sagrada utilizada nos rituais da religião Bwiti, religião e rituais estes existentes desde a pré-história. Em 1962 Howard Lotsof, na época dependente de heroína, descobriu que uma única dose de Ibogaína foi suficiente para curar a dependência sua e de alguns amigos. A partir daí surgiu com força uma rede internacional de provedores de tratamentos para dependência em todo o mundo, alguns oficiais, outros underground. Desde essa época até hoje cerca de 10.000 pessoas já fizeram o uso médico da substância, com resultados, em sua maioria, muito bons. Realmente os efeitos são surpreendentes, e, em muitos casos, ocorre uma melhora do quadro de dependência significativa, em apenas 24 horas.
Como tudo que é diferente, e como tudo que é inovador, existem também em relação à Ibogaína controvérsias e dúvidas, que tem origem na desinformação e no preconceito, e algumas vezes também em interesses econômicos. Este texto visa esclarecer as dúvidas e orientar as pessoas sobre o assunto. É interessante o fato de que a maioria das pessoas que é contra esse tratamento, não sabe absolutamente nada a respeito, mesmo alguns sendo renomados profissionais da área. É o estilo “não li e não gostei”. Na área da dependência química no Brasil, alguns egos são imensos.
Sempre que se fala de Ibogaína, cita-se o fato de a mesma ser proibida nos Estados Unidos e em mais 3 ou 4 países, sendo em todos os outros (inclusive no Brasil) isso não ocorre. Pelo contrário, o Brasil é um dos pioneiros nesse tratamento e os profissionais envolvidos, apesar de pouco conhecidos aqui, têm reconhecimento internacional. Essa proibição da Ibogaína em poucos países deve-se à desinformação e a interesses econômicos e políticos.
Primeiramente, essa medicação não interessa à grande indústria farmacêutica, visto ser derivada de plantas, com a patente de 1962 já expirada, tendo, portanto, um baixo potencial de lucro.
Além disso, em muitos locais, o preconceito contra os dependentes faz com que eles sejam vistos como pessoas que não merecem serem tratadas e sim presas ou escorraçadas. Assim sendo, o fato da Ibogaína ter sido descoberta por um dependente químico, para algumas pessoas, já a desqualifica.
Fora isso, o falso conceito de que a planta é alucinógena, gera uma quase histeria em determinados profissionais da área, que mal informados, com má vontade, e baseados em informações conflitantes pinçadas na internet, repassam informações errôneas adiante. A Ibogaína não é alucinógena, é onirofrênica, (Naranjo, 1974; Goutarel, Gollnhofer, and Sillans 1993), ou talvez seja melhor dizer, remogênica, ela estimula a mente de maneira a fazer com que o cérebro sonhe, mesmo com a pessoa acordada. Isso é comprovado por inúmeros estudos ao redor do mundo, mas é fácil confirmar, basta fazer um eletroencefalograma (EEG) durante o efeito da substância pra se ver que o padrão que vai aparecer é o do sono REM, não de alucinações. Além disso, a ibogaína não se liga ao receptor 5HT 2a, o alvo clássico de alucinógenos como LSD, por exemplo.
Outra crítica relacionada à  Tratamento Ibogaína, que é sempre citada, são as até agora 14 mortes que ocorreram, em 48 anos, como comentado acima, em cerca de 15000 tratamentos realizados. Isso dá menos de 1 fatalidade em cada 1000 tratamentos, número muito menor por exemplo do que as fatalidades provocadas por metadona, que é outra substância utilizada no tratamento da adição, e que é de 1 fatalidade para cada 350 tratamentos.
O detalhe, sempre deixado de lado pelos detratores da Ibogaína, é que em todos os casos de fatalidades registrados, comprovadamente se detectou o uso sub-reptício concomitante de heroína, cocaína e/ou álcool, confirmado por necropsia, o que nos leva à conclusão de que não existem fatalidades relacionadas à Ibogaína e sim à heroína/cocaína/álcool e à mistura dessas substâncias... além disso, poucas coisas no mundo são mais mortais do que usar drogas.. isso sim é perigoso.
Mais outra crítica é sobre o uso em humanos, sendo que no Gabão, há 5000 anos humanos já usam a substância em seus rituais, sem problemas. Já foram feitos vários trabalhos científicos, por cientistas renomados, que comprovam a baixa toxicidade e a segurança do tratamento, desde que feito dentro dos protocolos.
A taxa média de eficácia do Tratamento com ibogaina para dependência de crack é de 70 a 80%, que é altíssima, principalmente se lembrarmos que, além de ser uma doença gravíssima, as taxas de sucesso dos tratamentos tradicionais é de 5%. Incrivelmente, essa taxa de 80% também é alvo de críticas... Porque não são 100%, eles dizem? Já que é tão bom, porque não cura todo mundo? Ora, nenhum tratamento médico é 100%, existem variáveis ponderáveis e imponderáveis que influenciam a evolução dos pacientes, como motivação, características individuais de cada paciente, preparação adequada, com psicoterapia pré e pós tratamento de alto nível, tudo isso faz com que haja variações na eficácia. O fato é que a Ibogaína é hoje, de longe, o tratamento mais eficaz contra a dependência que se tem notícia, em toda a história da humanidade. Feito com os cuidados necessários, é seguro, eficaz, e não existem relatos de sequelas, nem físicas, nem psicológicas.
Assim sendo, pessoas que vivem da cronicidade da doença, para as quais não interessa que haja cura e sim perpetuação do quadro, e assim, indiretamente, perpetuação dos lucros, se insurgem contra ela.
Em toda a história da humanidade, as inovações, as mudanças de paradigma, sempre foram combatidas.
E apenas mais um detalhe: as outras opções de tratamento, são bastante ineficazes, para que se possa dar ao luxo de não dar à ibogaína a atenção que ela merece.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Ibogaina a droga



Não bastassem seus efeitos avassaladores sobre a consciência – induz o coma, provoca visões e muda a vida de quem a consome.
A ibogaína é talvez a droga alucinógena mais impressionante de que se tem notícia. Não bastassem seus efeitos avassaladores sobre a consciência – induz o coma, provoca visões e muda a vida de quem a consome, segundo eles mesmos –, essa raiz africana pode curar a dependência de outras drogas. Ela é uma das substâncias mais perigosas que se conhece – muita gente já morreu por sua causa. A antropóloga paulista Beatriz Labate, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), viajou a Camarões para conhecer de perto a ibogaína. Eis o seu relato – o primeiro do tipo escrito por um brasileiro:
“A iboga (raiz cujo princípio ativo é a ibogaína) é utilizada na África Central no tratamento de depressão, picada de cobra, impotência masculina, esterilidade feminina, Aids e também como estimulante e afrodisíaco. Os curandeiros locais, adeptos de uma religião chamada bouiti, acreditam que ela é eficaz também contra doenças místicas, como a possessão.
“Tonye Mahop, pesquisador do Jardim Botânico de Limbe, conta que ‘existem vários registros de cura da dependência de cigarro, maconha e álcool com a iboga. O problema é que os informantes não contam bem como preparam e usam a planta. Tem uma parte do conhecimento que fica sempre em segredo.’
“O ritual de iniciação, no qual a substância é ingerida, dura três dias. Na abertura, o candidato confessa todos os seus pecados e toma um banhoritual. Depois ele come em jejum até meio quilo da planta. Um grupo o acompanha cantando e dançando noite adentro. A iniciação tem como objetivo induzir um coma. De acordo com os praticantes, em algum momento o espírito sai do corpo e viaja para o ‘lado de lá’. Ou seja, visita o mundo dos mortos. Pode receber revelações, curas ou se comunicar com seus ancestrais. Terminada a cerimônia, a pessoa ‘renasce’ com uma nova identidade – bandzi, ou ‘aquele que comeu’. A anciã Bilbang Nga Owono Christine, lembra bem a sua iniciação, quando teria se curado de uma ‘doença nos olhos’: ‘Uma estrela me guiou até um hospital no lado de lá. Vi meu espírito saindo do meu corpo e os médicos me operando. Voltei curada’, diz.
“Podem ocorrer mortes nos rituais se a dose for grande demais ou se o sujeito estiver debilitado. Da mesma forma, três pessoas já morreram no tratamento não-controlado de toxicodependentes com ibogaína na Holanda, na França e na Suíça. Alguns especialistas afirmam que a ibogaína age sobre áreas do cérebro que regem a sensação do corpo físico. O resultado é que a pessoa constrói uma imagem do ‘eu’ fora do corpo. Os relatos de alguns iniciados se assemelham muito aos de pessoas que estiveram perto da morte. Em ambos os casos, fala-se na presença de uma luz infinita que seria a própria divindade, no encontro com mortos, na vida inteira passando diante dos olhos.
“Participei de uma iniciação, mas comi apenas uma colherinha de iboga. O efeito foi fortíssimo, durou 24 horas. Não posso dizer que entendi muita coisa, além de ter achado o ritual bastante cansativo. A sensação foi de que os nativos têm razão: a iboga é qualquer coisa que não tem a ver com este mundo, diz respeito ao mundo dos mortos. Ficou apenas uma enorme curiosidade – e medo – de me submeter à iniciação completa.”

Fonte:
(Revista Super Interessante) – Agosto/2001
http://super.abril.com.br/ciencia/droga-ibogaina-442289.shtml

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

TUDO SOBRE IBOGAINA / IBOGAÍNA


Ibogaina

Ibogaína é o princípio ativo da raiz da iboga. Trata-se de um alcalóide indólico enteogênico capaz de antagonizar e anular a ação de uma série de alcalóides oucompostos orgânicos nitrogenados de intensa bioatividade sobre o cérebro, como a cocaínaheroína e morfina, dentre outros.[1]
Obtida de um arbusto da família Apocynaceae, de origem africana Tabernanthe iboga, nas regiões do Congo e do Gabão entre os pigmeus e alguns povosbantos, que possivelmente assimilaram essa prática pelo contato com esses misteriosos povos da floresta que são os pigmeus, se praticam rituais com preparados dessa planta denominado, entre as tribos Apindji e Mitsogho, como Buiti. Outros grupos e etnias do Gabão também o utilizam possivelmente a partir desse contato cultural.[2]
De acordo com a antropóloga Labate [3], há dois tipos de Buiti: o tradicional que surgiu no século 19 - e o sincrético, o mais difundido, que é produto da fusão do primeiro com elementos de outros cultos africanos e da influência da evangelização cristã no continente no início do século 20. Possivelmente sob influência das notícias de cura, transformações psicológicas associada à conversão religiosa e participações de estrangeiros, o mundo ocidental tem despertado interesse sobre essa planta e esse ritual.
Preparados com essa planta vem sendo utilizado, com sucesso, em sessões terapêuticas cujo objetivo é alcançar a cura completa da drogadição.[4]. Observe-se que não são os mesmos extratos utilizados nas distintas tribos, pois segundo a referida antropóloga são preparados mantidos em sigilo.
Quimicamente, a ibogaína é classificada como uma triptamina, análoga à melatonina, estruturalmente semelhante à harmalina. Um dos primeiros pesquisadores a estudar os potenciais efeitos da ibogaína psicoterápico foi o psiquiatra chileno Claudio Naranjo, na década de 1960s e segundo Freedlander, 2003 o uso da ibogaína para o tratamento da dependência de drogas tem sido baseada em relatos da International Coalition of Addict Self-Help (ICASH) e DASH (Dutch Addict Self-Help Group) de pesquisas realizadas com voluntários desde os anos 80. 

sábado, 15 de setembro de 2012

IBOGAINA, A droga que cura o vicio.

A ibogaína é talvez a droga alucinógena mais impressionante de que se tem notícia. Não bastassem seus efeitos avassaladores sobre a consciência – induz o coma, provoca visões e muda a vida de quem a consome, segundo eles mesmos –, essa raiz africana pode curar a dependência de outras drogas. Ela é uma das substâncias mais perigosas que se conhece – muita gente já morreu por sua causa. A antropóloga paulista Beatriz Labate, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), viajou a Camarões para conhecer de perto a ibogaína. Eis o seu relato – o primeiro do tipo escrito por um brasileiro:
“A iboga (raiz cujo princípio ativo é a ibogaína) é utilizada na África Central no tratamento de depressão, picada de cobra, impotência masculina, esterilidade feminina, Aids e também como estimulante e afrodisíaco. Os curandeiros locais, adeptos de uma religião chamada bouiti, acreditam que ela é eficaz também contra doenças místicas, como a possessão.
“Tonye Mahop, pesquisador do Jardim Botânico de Limbe, conta que ‘existem vários registros de cura da dependência de cigarro, maconha e álcool com a iboga. O problema é que os informantes não contam bem como preparam e usam a planta. Tem uma parte do conhecimento que fica sempre em segredo.’
“O ritual de iniciação, no qual a substância é ingerida, dura três dias. Na abertura, o candidato confessa todos os seus pecados e toma um banho ritual. Depois ele come em jejum até meio quilo da planta. Um grupo o acompanha cantando e dançando noite adentro. A iniciação tem como objetivo induzir um coma. De acordo com os praticantes, em algum momento o espírito sai do corpo e viaja para o ‘lado de lá’. Ou seja, visita o mundo dos mortos. Pode receber revelações, curas ou se comunicar com seus ancestrais. Terminada a cerimônia, a pessoa ‘renasce’ com uma nova identidade – bandzi, ou ‘aquele que comeu’. A anciã Bilbang Nga Owono Christine, lembra bem a sua iniciação, quando teria se curado de uma ‘doença nos olhos’: ‘Uma estrela me guiou até um hospital no lado de lá. Vi meu espírito saindo do meu corpo e os médicos me operando. Voltei curada’, diz.
“Podem ocorrer mortes nos rituais se a dose for grande demais ou se o sujeito estiver debilitado. Da mesma forma, três pessoas já morreram no tratamento não-controlado de toxicodependentes com ibogaína na Holanda, na França e na Suíça. Alguns especialistas afirmam que a ibogaína age sobre áreas do cérebro que regem a sensação do corpo físico. O resultado é que a pessoa constrói uma imagem do ‘eu’ fora do corpo. Os relatos de alguns iniciados se assemelham muito aos de pessoas que estiveram perto da morte. Em ambos os casos, fala-se na presença de uma luz infinita que seria a própria divindade, no encontro com mortos, na vida inteira passando diante dos olhos.
“Participei de uma iniciação, mas comi apenas uma colherinha de iboga. O efeito foi fortíssimo, durou 24 horas. Não posso dizer que entendi muita coisa, além de ter achado o ritual bastante cansativo. A sensação foi de que os nativos têm razão: a iboga é qualquer coisa que não tem a ver com este mundo, diz respeito ao mundo dos mortos. Ficou apenas uma enorme curiosidade – e medo – de me submeter à iniciação completa.”

fonte: Superinteressante

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Tratamento com planta africana para dependencia quimica.

Iboga trata-se de um alcaloide indólico enteogênico capaz de antagonizar e anular a ação de uma série de alcalóides ou compostos orgânicos nitrogenados de intensa bioatividade sobre o cérebro, como a cocaína, heroína e morfina, dentre outros.

Tabernanthe iboga - a planta
Obtida de um arbusto da família Apocynaceae, de origem africana Tabernanthe iboga, nas regiões do Congo e do Gabão entre os pigmeus e alguns povos bantos, que possivelmente assimilaram essa prática pelo contato com esses misteriosos povos da floresta que são os pigmeus, se praticam rituais com preparados dessa planta denominado, entre as tribos Apindji e Mitsogho, como Buiti. Outros grupos e etnias do Gabão também o utilizam possivelmente a partir desse contato cultural.
De acordo com a antropóloga Labate, há dois tipos de Buiti: o tradicional que surgiu no século 19 - e o sincrético, o mais difundido, que é produto da fusão do primeiro com elementos de outros cultos africanos e da influência da evangelização cristã no continente no início do século 20. Possivelmente sob influência das notícias de cura, transformações psicológicas associada à conversão religiosa e participações de estrangeiros, o mundo ocidental tem despertado interesse sobre essa planta e esse ritual.
Preparados com essa planta vem sendo utilizado, com sucesso, em sessões terapêuticas cujo objetivo é alcançar a cura completa da drogadição.. Observe-se que não são os mesmos extratos utilizados nas distintas tribos, pois segundo a referida antropóloga são preparados mantidos em sigilo.
Quimicamente, a iboga é classificada como uma triptamina, análoga à melatonina, estruturalmente semelhante à harmalina.
Muito se tem falado a respeito da Iboga aqui no Brasil nos últimos tempos... bem e mal, com discussões apaixonadas, e, às vezes, desprovidas de cunho científico e repletas de preconceito.
Para quem não sabe, Iboga é uma substância extraída da planta Tabernanthe iboga, originária do Gabão, e planta sagrada utilizada nos rituais da religião Bwiti, religião e rituais estes existentes desde a pré-história. Em 1962 Howard Lotsof, na época dependente de heroína, descobriu que uma única dose de Iboga foi suficiente para curar a dependência sua e de alguns amigos. A partir daí surgiu com força uma rede internacional de provedores de tratamentos para dependência em todo o mundo, alguns oficiais, outros underground. Desde essa época até hoje cerca de 10.000 pessoas já fizeram o uso médico da substância, com resultados, em sua maioria, muito bons. Realmente os efeitos são surpreendentes, e, em muitos casos, ocorre uma melhora do quadro de dependência significativa, em apenas 24 horas.
Como tudo que é diferente, e como tudo que é inovador, existem também em relação à Iboga controvérsias e dúvidas, que tem origem na desinformação e no preconceito, e algumas vezes também em interesses econômicos. Este texto visa esclarecer as dúvidas e orientar as pessoas sobre o assunto. É interessante o fato de que a maioria das pessoas que é contra esse tratamento, não sabe absolutamente nada a respeito, mesmo alguns sendo renomados profissionais da área. É o estilo “não li e não gostei”. Na área da dependência química no Brasil, alguns egos são imensos.
Sempre que se fala de Iboga, cita-se o fato de a mesma ser proibida nos Estados Unidos e em mais 3 ou 4 países, sendo em todos os outros (inclusive no Brasil) isso não ocorre. Pelo contrário, o Brasil é um dos pioneiros nesse tratamento e os profissionais envolvidos, apesar de pouco conhecidos aqui, têm reconhecimento internacional. Essa proibição da Iboga em poucos países deve-se à desinformação e a interesses econômicos e políticos.
Primeiramente, essa medicação não interessa à grande indústria farmacêutica, visto ser derivada de plantas, com a patente de 1962 já expirada, tendo, portanto, um baixo potencial de lucro.
Além disso, em muitos locais, o preconceito contra os dependentes faz com que eles sejam vistos como pessoas que não merecem serem tratadas e sim presas ou escorraçadas. Assim sendo, o fato da Iboga ter sido descoberta por um dependente químico, para algumas pessoas, já a desqualifica.
Fora isso, o falso conceito de que a planta é alucinógena, gera uma quase histeria em determinados profissionais da área, que mal informados, com má vontade, e baseados em informações conflitantes pinçadas na internet, repassam informações errôneas adiante. A Iboga não é alucinógena, é onirofrênica, (Naranjo, 1974; Goutarel, Gollnhofer, and Sillans 1993), ou talvez seja melhor dizer, remogênica, ela estimula a mente de maneira a fazer com que o cérebro sonhe, mesmo com a pessoa acordada. Isso é comprovado por inúmeros estudos ao redor do mundo, mas é fácil confirmar, basta fazer um eletroencefalograma (EEG) durante o efeito da substância pra se ver que o padrão que vai aparecer é o do sono REM, não de alucinações. Além disso, a iboga não se liga ao receptor 5HT 2a, o alvo clássico de alucinógenos como LSD, por exemplo.
Outra crítica relacionada à  Tratamento Iboga, que é sempre citada, são as até agora 14 mortes que ocorreram, em 48 anos, como comentado acima, em cerca de 15000 tratamentos realizados. Isso dá menos de 1 fatalidade em cada 1000 tratamentos, número muito menor por exemplo do que as fatalidades provocadas por metadona, que é outra substância utilizada no tratamento da adição, e que é de 1 fatalidade para cada 350 tratamentos.
O detalhe, sempre deixado de lado pelos detratores da Iboga, é que em todos os casos de fatalidades registrados, comprovadamente se detectou o uso sub-reptício concomitante de heroína, cocaína e/ou álcool, confirmado por necropsia, o que nos leva à conclusão de que não existem fatalidades relacionadas à Iboga e sim à heroína/cocaína/álcool e à mistura dessas substâncias... além disso, poucas coisas no mundo são mais mortais do que usar drogas.. isso sim é perigoso.
Mais outra crítica é sobre o uso em humanos, sendo que no Gabão, há 5000 anos humanos já usam a substância em seus rituais, sem problemas. Já foram feitos vários trabalhos científicos, por cientistas renomados, que comprovam a baixa toxicidade e a segurança do tratamento, desde que feito dentro dos protocolos.
A taxa média de eficácia do Tratamento com iboga para dependência de crack é de 70 a 80%, que é altíssima, principalmente se lembrarmos que, além de ser uma doença gravíssima, as taxas de sucesso dos tratamentos tradicionais é de 5%. Incrivelmente, essa taxa de 80% também é alvo de críticas... Porque não são 100%, eles dizem? Já que é tão bom, porque não cura todo mundo? Ora, nenhum tratamento médico é 100%, existem variáveis ponderáveis e imponderáveis que influenciam a evolução dos pacientes, como motivação, características individuais de cada paciente, preparação adequada, com psicoterapia pré e pós tratamento de alto nível, tudo isso faz com que haja variações na eficácia. O fato é que a Iboga é hoje, de longe, o tratamento mais eficaz contra a dependência que se tem notícia, em toda a história da humanidade. Feito com os cuidados necessários, é seguro, eficaz, e não existem relatos de sequelas, nem físicas, nem psicológicas.
Assim sendo, pessoas que vivem da cronicidade da doença, para as quais não interessa que haja cura e sim perpetuação do quadro, e assim, indiretamente, perpetuação dos lucros, se insurgem contra ela.
Em toda a história da humanidade, as inovações, as mudanças de paradigma, sempre foram combatidas.
E apenas mais um detalhe: as outras opções de tratamento, são bastante ineficazes, para que se possa dar ao luxo de não dar à iboga a atenção que ela merece.

O que é a ibogaina?

O que é a ibogaína?

A ibogaína é um alcalóide indólico psicoativo derivado do caule da raiz de uma planta africana, a Tabernanthe iboga. Na África a raiz da planta é conhecida coloquialmente como “iboga” ou “eboka”. Contém aproximadamente 12 alcalóides diferentes, dos quais a ibogaína é apenas um. Outros, tais como a tabernatina ou a ibogamina, aparentam também ser psicoativos. Nos últimos anos tem-se notado cada vez mais a capacidade da ibogaína para o tratamento da dependência de drogas e do álcool. Estudos científicos e relatórios variados sugerem que uma única administração de ibogaína remove os sintomas da abstinência de substâncias e reduz o desejo de uso durante algum tempo após a sua administração. Para além disso, acredita-se grandemente que as propriedades psicoativas da ibogaína (em doses altas pode induzir um estado sonhador durante algumas horas) ajudam os toxicodependentes a compreenderem e reverterem o seu comportamento em relação ao uso de substâncias.

História

Um alcalóide indólico ligeiramente psicoativo derivado de uma planta africana - a droga em forma de planta - é usado por grupos indígenas há milénios. Os índios Bwiti, um grupo religioso da África Central, usam o caule da raiz da planta Tabernanthe iboga para uma variedade de propósitos sociais e religiosos, sobretudo como componente central do seu ritual de iniciação – uma intricada cerimónia de “renascimento” que dura 3 dias. Para se tornar membro do grupo é necessário completar esta cerimónia. Ambos os sexos são iniciados tipicamente entre os oito e os dezoito anos.
A descoberta de que a ibogaína pode tratar a dependência de substâncias é normalmente atribuída a Howard S. Lotsof – um ex-toxicodependente que vive em Nova Iorque e experimentou ibogaína pela primeira vez em 1962. Lotsof experimentou a ibogaína crendo que era uma nova droga recreativa, mas 30 horas depois apercebeu-se subitamente de que não sentia falta da heroína, nem tinha vontade de a procurar. A experimentação casual subsequente por amigos toxicodependentes revelou que este efeito era comum a outros utilizadores.

Química

Entre os cerca de uma dúzia de alcalóides indólicos complexos derivados da triptamina e encontrados na Tabernanthe iboga (da família das Apocynacea), a ibogaína é a sua substância alucinógena mais importante, e o principal composto psicadélico originário do continente africano. A extração dos alcalóides do caule da raiz resulta em puro hidrocloreto de ibogaína. A ibogaína, cuja denominação química é 12-metoxibogamina, é um inibidor da colinaesterase, uma enzima estimulante que afecta o sistema nervoso central. A molécula mostra a estrutura nuclear com dois anéis indólicos, comum à maioria das substâncias alucinógenas.

Efeitos

Em pequenas doses, assim como as folhas de coca na América do Sul, a iboga é ingerida pelos índios Bwiti para permanecerem acordados e alerta durante as grandes caçadas e viagens de canoa, as quais podem durar dois ou mais dias. Diz-se também possuir propriedades afrodisíacas. (Os frutos laranja-amarelados da T. iboga, do tamanho de azeitonas, são por vezes usados para tratar problemas de esterilidade nas mulheres).
Em quantidades maiores, a ibogaína é alucinógena. Causa náuseas e vómitos, à semelhança do peiote. A este nível, o utilizador entra num estado de transe intenso e profundo, onde o movimento fisíco é impossível. O transe é muito visual, e normalmente manifesta-se como uma longa viagem.
A este nível a ação da ibogaína divide-se em três partes. A primeira é um período de quatro a seis horas semelhante ao sonho, durante o qual se experimentam apresentações visuais e pensamentos relacionados com acontecimentos passados. A segunda é um período intelectual ou cognitivo, no qual essas experiências são avaliadas, e a terceira é um período de estimulo residual que eventualmente resultará em sono. É após o utilizador acordar que nota a falta de desejo de tomar ou procurar as drogas das quais estava dependente. Todavia, deve notar-se que as respostas à ibogaína são bastante variáveis, de acordo com as características individuais do utilizador.
As visões da ibogaína contêm invariavelmente muitos detalhes pessoais. Um artifício simbólico que parece ser frequentemente usado pela ibogaína é a dissimuação de problemas pessoais do tipo mundial, geralmente enredos políticos ou ecológicos que aparentam ameaçar o planeta.


Uso medicinal

Estudos sugerem que a ibogaína tem um potencial considerável no tratamento da dependência de heroína, cocaína, base-livre de cocaína (crack), metadona, e álcool. Existe também a indicação de que pode ser útil no tratamento da dependência do tabaco. Foi ainda sugerido que a droga pode ter um potencial considerável no campo da psicoterapia, sobretudo no tratamento dos efeitos do trauma e do condicionamento.
Uma única administração de ibogaína tem três efeitos típicos úteis ao tratamento da toxicodependência. Primeiro, causa uma enorme redução dos sintomas do síndrome de abstinência, permitindo uma desintoxicação relativamente indolor. Segundo, o desejo de usar a droga decresce notavelmente durante algum tempo após o consumo da ibogaína, geralmente uma semana a vários meses. Isto foi confirmado por estudos científicos. Finalmente, a natureza psicoativa da ibogaína parece ajudar muitos toxicodependentes a compreenderem e reverterem os problemas por trás da dependência.
A ibogaína pode administrar-se facilmente em forma de cápsula, e não causa dependência. A dose para uso terapêutico é geralmente cerca de 5 a 8 microgramas por cada quilograma de peso corporal da pessoa. É geralmente aplicada num só tratamento feito num ambiente clínico com monotorização médica apropriada e avançada, no qual aparenta ser segura. Enquanto que sem dúvida acontece que alguns indivíduos cessam permanentemente o uso das drogas após uma só dose de ibogaína, para muitos o tratamento deve ser considerado apenas como o componente inicial num programa completo de reabilitação.
Embora aprovada para testes clínicos (em seres humanos) para o tratamento da toxicodependência nos EUA nos princípios dos anos 90, problemas no apoio financeiro e outras questões atrasaram tanto o desenvolvimento da pesquisa da ibogaína que, até princípios de 2005, esta mantém-se não disponível para a maioria dos toxicodependentes no mundo inteiro.


Uso

Para a primeira experiência (para efeitos estimulantes, não psicadélicos) a dose média são duas a três colheres de chá para mulheres, e três a cinco para homens.
Tradicionalmente, o caule da raiz é raspado e secado até se transformar num pó de cor castanha-amarelada. Por vezes mistura-se com água e bebe-se, mas diz-se que a raiz é mais forte quando fresca. Normalmente não se mistura, embora alguns grupos a usem com marijuana (chamada "yama" ou "nkot alok").

Avisos

Em níveis excessivos a ibogaína causa convulsões, paralisia, e morte por paragem respiratória. Os níveis tóxicos estão relacionados com o peso corporal.
Quem está a considerar tomar ibogaína para o desenvolvimento pessoal e ainda não experimentou terapia, é importante saber que o uso da droga pode parecer atrativo simplesmente porque representa um tratamento que evita o processo psicoterapêutico formal. Se este é o caso, há o risco da ibogaína piorar os sintomas. Quando existem muitas sensações reprimidas, e para muitas pessoas de cultura ocidental isto acontecerá inevitavelmente, o uso das drogas psicadélicas pode invocar reações perigosas como mecanismo de defesa contra o aparecimento de sentimentos dolorosos. Isto pode resultar em crenças ilusórias ou neuróticas que persistem muito após a sessão treminar.
Também é importante saber que o uso exclusivo da ibogaína será provavelmente insuficiente para causar uma transformação pessoal profunda. A ibogaína dá às pessoas uma perceção mental de aspetos reprimidos pela psique, mas sem ligação emocional significativa.

Desmistificando a Ibogaina

Desmistificando a Ibogaína
Muito se tem falado a respeito da Ibogaína aqui no Brasil nos últimos tempos... bem e mal, com discussões apaixonadas, e, às vezes, desprovidas de cunho científico e repletas de preconceito.

Para quem não sabe, Ibogaína é uma substância extraída da planta Tabernanthe iboga, originária do Gabão, e planta sagrada utilizada nos rituais da religião Bwiti, religião e rituais estes existentes desde a pré-história. Em 1962 Howard Lotsof, na época dependente de heroína, descobriu que uma única dose de Ibogaína foi suficiente para curar a dependência sua e de alguns amigos. A partir daí surgiu com força uma rede internacional de provedores de tratamentos para dependência em todo o mundo, alguns oficiais, outros underground. Desde essa época até hoje cerca de 10.000 pessoas já fizeram o uso médico da substância, com resultados, em sua maioria, muito bons. Realmente os efeitos são surpreendentes, e, em muitos casos, ocorre uma melhora do quadro de dependência significativa, em apenas 24 horas.

Como tudo que é diferente, e como tudo que é inovador, existem também em relação à Ibogaína controvérsias e dúvidas, que tem origem na desinformação e no preconceito, e algumas vezes também em interesses econômicos. Este texto visa esclarecer as dúvidas e orientar as pessoas sobre o assunto. É interessante o fato de que a maioria das pessoas que é contra esse tratamento, não sabe absolutamente nada a respeito, mesmo alguns sendo renomados profissionais da área. É o estilo “não li e não gostei”. Na área da dependência química no Brasil, alguns egos são imensos.

Sempre que se fala de Ibogaína, cita-se o fato de a mesma ser proibida nos Estados Unidos e em mais 3 ou 4 países, sendo em todos os outros (inclusive no Brasil) isso não ocorre. Pelo contrário, o Brasil é um dos pioneiros nesse tratamento e os profissionais envolvidos, apesar de pouco conhecidos aqui, têm reconhecimento internacional. Essa proibição da Ibogaína em poucos países deve-se à desinformação e a interesses econômicos e políticos.

Primeiramente, essa medicação não interessa à grande indústria farmacêutica, visto ser derivada de plantas, com a patente de 1962 já expirada, tendo, portanto, um baixo potencial de lucro.

Alem disso, em muitos locais, o preconceito contra os dependentes faz com que eles sejam vistos como pessoas que não merecem serem tratadas e sim presas ou escorraçadas. Assim sendo, o fato da Ibogaína ter sido descoberta por um dependente químico, para algumas pessoas, já a desqualifica.

Fora isso, o falso conceito de que a planta é alucinógena, gera uma quase histeria em determinados profissionais da área, que mal informados, com má vontade, e baseados em informações conflitantes pinçadas na internet, repassam informações errôneas adiante. A Ibogaína não é alucinógena, é onirofrênica, (Naranjo, 1974; Goutarel, Gollnhofer, and Sillans 1993), ou talvez seja melhor dizer, remogênica, ela estimula a mente de maneira a fazer com que o cérebro sonhe, mesmo com a pessoa acordada. Isso é comprovado por inúmeros estudos ao redor do mundo, mas é fácil confirmar, basta fazer um eletroencefalograma (EEG) durante o efeito da substância pra se ver que o padrão que vai aparecer é o do sono REM, não de alucinações. Alem disso, a ibogaína não se liga ao receptor 5HT 2a, o alvo clássico de alucinógenos como LSD, por exemplo.

Outra crítica relacionada à Ibogaína, que é sempre citada, são as até agora 14 mortes que ocorreram, em 48 anos, como comentado acima, em cerca de 15000 tratamentos realizados. Isso dá menos de 1 fatalidade em cada 1000 tratamentos, número muito menor por exemplo do que as fatalidades provocadas por metadona, que é outra substância utilizada no tratamento da adicção, e que é de 1 fatalidade para cada 350 tratamentos.
O detalhe, sempre deixado de lado pelos detratores da Ibogaína, é que em todos os casos de fatalidades registrados, comprovadamente se detectou o uso sub-reptício concomitante de heroína, cocaína e/ou álcool, confirmado por necropsia, o que nos leva à conclusão de que não existem fatalidades relacionadas à Ibogaína e sim à heroína/cocaína/álcool e à mistura dessas substâncias... além disso, poucas coisas no mundo são mais mortais do que usar drogas.. isso sim é perigoso.

Mais outra crítica é sobre o uso em humanos, sendo que no Gabão, há 5000 anos humanos já usam a substância em seus rituais, sem problemas. Já foram feitos vários trabalhos científicos, por cientistas renomados, que comprovam a baixa toxicidade e a segurança do tratamento, desde que feito dentro dos protocolos.

A taxa média de eficácia da Ibogaína para tratamento da dependência de crack é de 70 a 80%, que é altíssima, principalmente se lembrarmos que, além de ser uma doença gravíssima, as taxas de sucesso dos tratamentos tradicionais é de 5%. Incrivelmente, essa taxa de 80% também é alvo de críticas... Porque não são 100%, eles dizem? Já que é tão bom, porque não cura todo mundo? Ora, nenhum tratamento médico é 100%, existem variáveis ponderáveis e imponderáveis que influenciam a evolução dos pacientes, como motivação, características individuais de cada paciente, preparação adequada, com psicoterapia pré e pós tratamento de alto nível, tudo isso faz com que haja variações na eficácia. O fato é que a Ibogaína é hoje, de longe, o tratamento mais eficaz contra a dependência que se tem notícia, em toda a história da humanidade. Feito com os cuidados necessários, é seguro, eficaz, e não existem relatos de seqüelas, nem físicas, nem psicológicas.

Assim sendo, pessoas que vivem da cronicidade da doença, para as quais não interessa que haja cura e sim perpetuação do quadro, e assim, indiretamente, perpetuação dos lucros, se insurgem contra ela.

Em toda a história da humanidade, as inovações, as mudanças de paradigma, sempre foram combatidas.

E apenas mais um detalhe: as outras opções de tratamento, são bastante ineficazes, para que se possa dar ao luxo de não dar à ibogaína a atenção que ela merece.

Ibogaína para tratamento de dependentes de cocaína crack e opiaceos

O tratamento da dependência química é complexo e difícil. Exige um enorme esforço por parte do dependente químico e da sua família. Como as opções públicas de tratamento da dependência química são lamentáveis, quase sempre é preciso pagar por internações em clínicas especializadas e não raro todo o tratamento pode custar mais de R$ 20.000,00, incluindo remédios, internações, etc… De vez em quando “novas” descobertas no tratamento da dependência química prometem revolucionar a forma como isso é feito. A Iboga é uma dessas esperanças, uma planta de cuja casca da raiz pode ser obtida a ibogaína. A iboga é um arbusto com uma raiz subterrânea que chega a atingir 1,50m de altura e é composto de várias espécies. A que mais tem interessado no tratamento da dependência química é Tabernanthe iboga, encontrada nos Camarões, Gabão, República Central Africana, Congo, República Democrática do Congo, Angola e Guiné Equatorial. Algumas espécies animais, entre as quais os mandris e os javalis, alimentam-se das raízes da iboga para conseguir efeitos entorpecentes. Imagina-se que os pigmeus descobriram a eboka (iboga) observando o comportamento desses animais. Até hoje, estas populações utilizam a iboga em seus ritos. Em 1901, a ibogaína foi isolada pela primeira vez. Há notícia de que ela teria sido usada no Ocidente desde o início do século XX, no tratamento de gripe, neurastenia, doenças infecciosas e relacionadas ao sono. Iboga, uma nova esperança para o tratamento da dependência químicaEm 1962, Howard Lotsof, um jovem dependente químico de heroína, acabou descobrindo, por acaso, a iboga na África. Após uma viagem astral de 36 horas, relatou que perdeu o desejo de consumir heroína por completo. Em 1983, Lostsof relatou as propriedades antiaditivas da ibogaína e em 1985 obteve quatro patentes nos EUA para o tratamento de dependências de ópio, cocaína, anfetamina, etanol e nicotina. Fundou o International Coalition for Addicts Self Help e desenvolveu o método Endabuse, uma farmacoterapia experimental que faz uso da ibogaíne HCl, a forma solúvel da ibogaína. Através da administração de uma única dose, cujo efeito dura dois dias, haveria uma atenuação severa dos sintomas de abstinência e uma perda do desejo de consumir drogas por um período mais ou menos longo de tempo. O número de tratamento de dependentes químicos com a ibogaína está crescendo tanto que vem provocando escassez da planta que ainda é produzida de maneira artesanal. A ibogaína, cuja denominação química é 12-metoxibogamina, é uma forte droga alucinógena que age no combate à dependência química, por incrível que isso possa aparecer. Seus efeitos ainda estão sendo estudados, mas pesquisas feitas em humanos e animais indicam que a droga age em dois sentidos, por um lado ela age na química cerebral, estimulando a produção da proteínao GDNF, que promove a regeneração do tecido nervoso e estimula a criação de conexões neuronais. Isso permitiria que áreas do cérebro relacionadas com a dependência fossem reparadas e estimularia a produção de neurotransmissores responsáveis pela produção do prazer, a serotonina e a dopamina. São essas substâncias que podem explicar o desaparecimento da fissura pela droga relatados por dependentes logo após saída de uma sessão. Estudos preliminares também parecem mostrar que a ibogaína pode ajudar no tratamento do alcoolismo. Durante a pesquisa, ratos e camundongos foram induzidos ao consumo de álcool em doses diárias até habituarem-se à bebida. Os testes com Ibogaína demonstraram uma queda efetiva no consumo de álcool pelos roedores, diretamente relacionado ao aumento da produção de uma proteína pelo cérebro, o GDNF. Os tratamentos com ibogaína não são autorizados nos Estados Unidos, Reino Unido, França ou Suíça. Mesmo assim, têm sido adotados clandestinamente. No Panamá, a instituição liderada por Lotsof cobra 15 mil dólares; na Itália, o custo é de 2.500 dólares, e, nos EUA, o tratamento varia entre 500 e 2.500 dólares. Em Israel, a iboga está sendo pesquisada para uso no tratamento da síndrome de pós-guerra que afeta os soldados. No entanto, antes de achar que a ibogaína pode fazer o tratamento da dependência química uma série de estudos terão de ser feitos e não é atoa que ela não é liberada nos Estados Unidos, Reino Unido, França ou Suíça. No momento enquanto tais estudos não estão concluídos o mais seguro e único caminho para o tratamento da dependência química passa, obrigatoriamente, por consultar um psiquiatra especializado. Fonte: jardimdeflores.com.br